Uma moldagem bem realizada é fundamental para obtenção de um molde preciso e de um modelo de estudo fiel. A moldagem com qualquer tipo de silicone de adição requer alguns cuidados para obter o molde perfeito, o que nem sempre é fácil de alcançar! Para isso, é essencial escolher corretamente o material a ser utilizado e a técnica a ser empregada. E para facilitar a rotina clínica dos dentistas, a Yller desenvolveu uma série de silicones de adição otimizados para uso em variadas técnicas e aplicações. Separamos 7 dicas primordiais que podem auxiliar a realizar a moldagem perfeita utilizando silicones de adição.
1. Escolha a técnica mais adequada para a moldagem
Há uma série de técnicas que podem ser utilizadas para moldagem. Todas elas visam alcançar um único objetivo: obter o molde perfeito! Não existe uma técnica que tenha uma performance superior, e o importante é utilizar a técnica que tenha familiaridade e que seja adequada para o caso específico. As técnicas mais utilizadas para moldar as margens cervicais de preparos são as de um e dois estágios. A técnica de um estágio ou simultânea requer que a moldagem seja feita de maneira rápida e eficaz para que o silicone de adição leve e pesado seja aplicado simultaneamente.
Diferente da técnica de dois estágios em que eles são aplicados em dois momentos distintos, e um alívio é feito no silicone pesado para acomodar o silicone leve e obter um registro mais preciso. Ambas requerem o uso de pelo menos dois silicones de consistências distintas, como o Scan Putty juntamente com um silicone de consistência mais leve, como o Scan UltraLight, Light ou Regular. Já a técnica monofásica envolve o uso de um único material para moldagem, como o Scan Monophase, sendo bastante utilizada para moldagem de implantes e seus componentes.
2. Escolha o silicone de adição mais apropriado para cada caso
Uma moldagem perfeita requer que o material de moldagem reproduza fielmente a réplica dos tecidos orais, seja fluido o bastante para se adaptar a cavidade bucal, e ao mesmo tempo, tenha viscosidade suficiente para ficar contida em uma moldeira que é levada a boca. Os silicones de adição são considerados os materiais de moldagem mais precisos e apresentam a melhor estabilidade dimensional em relação aos demais materiais, uma vez que não há formação de subprodutos durante sua reação de polimerização. Apesar disso, eles apresentam uma série de diferenças em relação as consistências e aplicações, e a Yller otimizou cada uma para facilitar a rotina clínica dos dentistas e obter os moldes mais perfeitos possíveis. O Scan Putty, de consistência pesada, pode ser utilizado juntamente com o Scan UltraLight, Light ou Regular para moldar perfeitamente preparos para próteses. Enquanto o Scan Monophase foi otimizado para uso na técnica monofásica.
A Yller ainda desenvolveu silicones de adição projetados para uso em outras situações que necessitam de moldes precisos, como o Scan Bite para registro de mordidas, ou o Scan Translux, o único translúcido da linha, para fabricação de matrizes para materiais fotopolimerizáveis. A escolha do material mais adequado para cada técnica e cada caso é primordial para que o dentista alcance os melhores resultados com a moldagem!
3. Utilize a pistola e as pontas automisturadoras e livre-se das imperfeições!
Um dos principais problemas que podem comprometer a moldagem são as bolhas, que podem inclusive comprometer a confecção e adaptação da restauração indireta. Quando os moldes apresentam rasgos, vazios visíveis e bolhas, pode ter ocorrido algum problema na moldagem. Isso pode ocorrer devido à aplicação do material em camadas ou espatulação manual do silicone de adição de consistência leve. Por causa disso, utilize sempre o conjunto de pistola e ponta automisturadora para a perfeita mistura do silicone de adição, como a Scan Automix da Yller. E aplique o silicone leve, como o Scan UltraLight, Light ou Regular, de maneira contínua, mantendo sempre a ponta em imersão durante a aplicação.
4. Utilize luvas de vinil ao manusear silicones de adição!
Um dos cuidados básicos ao manusear os silicones de adição é não utilizar luvas de látex. Nenhum silicone de adição deve ser utilizado com luvas de látex, pois elas afetam adversamente a polimerização dos moldes desses silicones. Os compostos de enxofre, utilizados na vulcanização das luvas de látex, podem migrar para a superfície das luvas armazenadas. Estes compostos podem ser transferidos para o preparo dentário e os tecidos moles adjacentes durante o preparo do dente e no momento de colocar o fio retrator no tecido. Eles também podem se incorporar diretamente no material de moldagem ao se misturar os dois materiais pesados manualmente.
Estes compostos podem contaminar o catalisador que contém platina, o que resulta no retardo ou na ausência da polimerização na área contaminada do molde. Uma dica é utilizar luvas de vinil que não causam esse efeito.
5. Cuide da margem cervical!
A presença de rupturas ou espaços vazios nas margens cervicais podem indicar que houve inadequada manipulação dos tecidos. A margem cervical é uma das regiões mais críticas para obtenção de moldes perfeitos! Rasgos e ausência de material de moldagem podem aparecer no contorno do preparo. Isso pode ocorrer pelo material ter uma baixa resistência ao rasgamento, pela presença de áreas muito retentivas ou até a inserção insuficiente do silicone no sulco.
Além disso, pode ter ocorrido alguma infiltração de fluidos intraorais ou o material leve pode ter tido uma compressão insuficiente. Para perfeita moldagem com qualquer silicone de adição é importante observar a existência de pelo menos 0.5 mm de expansão do sulco. Para isso, no momento da inserção do silicone de consistência mais leve, como o Scan UltraLight, Light ou Regular, utilize um fio retrator dentro do sulco e o remova conforme for aplicando o silicone. Também utilize um silicone denso, como o Scan Putty, para compressão adequada do silicone leve, e preste atenção no afastamento dos tecidos!
6. Fique atento aos tempos de trabalho e em boca dos silicones!
É primordial que o tempo de trabalho e em boca seja respeitado para uma moldagem perfeita. A Linha Scan tem um tempo de trabalho de 1min e 45 seg, e um tempo em boca de apenas cerca de 4 minutos. O uso de um cronômetro facilita na marcação do tempo, uma vez que na rotina clínica é fácil perder a noção do tempo mínimo recomendado apenas cronometrando mentalmente. Além disso, em casos de falta de detalhes nas margens ou mudança abrupta do silicone pesado para o leve, pode ser que os tempos de trabalho dos materiais não tenham sido sincronizados.
Para evitar esses problemas, manipule o silicone com alta e baixa viscosidade simultaneamente. E respeite sempre os tempos de presa dos dois silicones para que a moldagem fique perfeita.
7. Respeite o tempo mínimo para vazamento do gesso!
Após a moldagem com qualquer tipo de silicone de adição, os modelos de gesso podem apresentar pequenas bolhas ou sulcos e cúspides quebradiças. Elas podem ser causadas pela liberação de hidrogênio no molde depois de vazar o modelo, ou mesmo o contato do dente com a moldeira de moldagem de duplo arco. Nestes casos, siga as instruções do fabricante em relação ao tempo adequado para confeccionar os modelos após a moldagem.
Os silicones da linha Scan necessitam de apenas 2h de espera para que o vazamento do gesso possa ser feito sem riscos de comprometer a qualidade do modelo final. E ao usar a moldeira para técnica de arco duplo, coloque um rolete de algodão no lado oposto evitando o contato direto com o dente. Dessa forma, você evita que a água passe através da moldeira depois que o modelo foi vazado.
Com esses 7 cuidados simples é possível obter o máximo em qualidade na moldagem com silicones de adição!